O Projeto Arte em Ação Social, da Escola Estadual Dona Jenny Faria, de João Monlevade, recebeu elogios de coordenadores de duas iniciativas entre as primeiras colocadas do 12º Prêmio Escola Voluntária, promovido pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação e Fundação Itaú Social.

Os prêmios de R$15 mil, R$10 mil e R$5 mil foram aos três primeiros colocados respectivamente, em solenidade realizada na noite dessa terça, 28, no Instituto Itaú Social, em São Paulo. O evento, apresentado por Marcelo Tas, do humorístico CQC, teve a presença de educadores e estudantes envolvidos nos projetos, comunicadores e executivos do Grupo Bandeirantes e da Fundação Itaú Social.

Para o coordenador do projeto Teatro e Poesia Fortalecendo Identidades, desenvolvido em Igrapiúna, na Bahia, Francisco Cruz do Nascimento, o estado de Minas Gerais foi bem representado. “João Monlevade está de parabéns, o projeto é muito bom e ajuda na formação dos jovens. O Brasil precisa de mais exemplos assim”, disse. O projeto baiano foi o primeiro colocado.

Eleita a Educadora Destaque por coordenar o projeto Inclusão Digital, a professora Lenice Vivan Guedes, da Escola Estadual Reinaldo Cherubini, da cidade de Nova Prata, no Rio Grande do Sul, destacou o caráter da iniciativa monlevadense. “Assim como fazemos em Nova Prata, o projeto de João Monlevade não tem nada de assistencialista, disso o mundo já está cheio. Trabalhar ações solidárias com um novo olhar é muito importante, assim percebemos que é preciso pouco para fazer muito”, avaliou.

A solenidade na capital paulista teve a presença de representantes da Escola Infantil El Shadai, Asilo Lar São José e Fundação Municipal Crê-Ser – entidades ajudadas pelo projeto e uma das instituições parceiras, respectivamente, professores e familiares dos alunos da Escola Estadual Jenny Faria. Estudante do 1º ano do Ensino Médio, Gabriela Martins, falou sobre a participação no Arte em Ação Social. “É uma oportunidade de crescimento, percebo que todas as pessoas precisam dos jovens. É uma troca muito boa”, comentou, acrescentando que o lugar que mais gostou de visitar foi o Asilo Lar São José, que a fez refletir sobre o futuro.

Diretora da escola em 2008, quando o projeto começou, Adirce Pires Mota, falou em evolução. “O projeto caiu do céu, veio numa hora em que a escola estava com problemas de indisciplina entre os alunos. Percebo que os estudantes se conscientizaram sobre a importância da escola e da solidariedade”, declarou.

Histórico

O Prêmio Escola Voluntária tem por objetivo divulgar, incentivar e premiar instituições de ensino responsáveis por projetos sociais que incentivem o trabalho voluntário entre os seus alunos. O trabalho voluntário deve ser em prol de uma comunidade com a participação de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental (ou 8ª série) e/ou em qualquer série do Ensino Médio.

O projeto “Arte em Ação Social”, da Escola Estadual Jenny Faria, foi idealizado pela professora de Artes, Mirlane Luz Silva, em 2008, a partir da percepção de que os alunos precisavam se respeitar e valorizar. A forma encontrada para isso foi o exercício do voluntariado. A educadora afirma que o projeto melhorou o desempenho dos estudantes e tem contribuído para a vida social deles. A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Asilo Lar São José, Projeto Vida Nova e Associação Comunitária Crescendo e Aprendendo são algumas das instituições ajudadas. A Fundação Municipal Crê-Ser, mantida pela Prefeitura de João Monlevade, é parceira na iniciativa.