6 de fevereiro de 2013

Vale venderá parte do ouro produzido como subproduto em algumas de suas minas de cobre e níquel

A Vale informa que assinou acordo com a Silver Wheaton Corp. (SLW), empresa canadense com ações negociadas na Toronto Stock Exchange e New York Stock Exchange, para vender 25% dos fluxos de ouro pagável produzidos como subproduto da mina de cobre do Salobo durante a vida da mina e 70% dos fluxos de ouro pagável produzido como subproduto das minas de níquel de Sudbury - Coleman, Copper Cliff, Creighton, Garson, Stobie, Totten e Victor - por 20 anos.
A transação
A Vale receberá um pagamento inicial em dinheiro no valor de US$ 1,9 bilhão, mais 10 milhões de warrants da SLW com preço de exercício de US$ 65 e prazo de 10 anos, cujo valor é estimado em US$ 100 milhões. A quantia de US$ 1,33 bilhão será paga por 25% do ouro pagável produzido como subproduto do Salobo, enquanto US$ 570 milhões mais os 10 milhões de warrants da SLW serão recebidos em troca de 70% do ouro pagável produzido como subproduto das minas de Sudbury.
Adicionalmente, a Vale receberá pagamentos em dinheiro no futuro por cada onça (oz) de ouro entregue a SLW conforme os termos do acordo. Os pagamentos serão iguais ao menor valor entre US$ 400 por onça (mais um ajuste anual para a inflação de 1% a partir de 2016 no caso do Salobo) e o preço de mercado.
A Vale poderá receber ainda um pagamento em dinheiro, dependendo da sua decisão de expandir a capacidade de processamento do minério de cobre do Salobo para mais de 28 Mtpa antes de 2031. Salobo I, que está em processo de ramp-up, e Salobo II, que iniciará a produção no 1S14, terão capacidade de processamento total de 24 Mtpa de run-of-mine (ROM). O valor adicional está fixado de US$ 67 milhões a US$ 400 milhões, dependendo do momento e do tamanho da expansão.
Não há comprometimento firme da Vale em relação às quantidades de ouro entregues - a SLW tem direito a um percentual do ouro produzido como subproduto do Salobo e Sudbury, e não a volumes específicos, assumindo, portanto, o risco operacional. Com respeito ao risco de volatilidade de preços, a Vale está sujeita ao risco da variação do preço do ouro nas entregas à SLW somente no caso de o preço do metal precioso cair abaixo de US$ 400/oz.
A transação ainda está sujeita ao fechamento de acordos definitivos e à aprovação do nosso Conselho de Administração. O Scotiabank atuou como o assessor financeiro da Vale.
O contexto estratégico e a criação de valor
A transação libera considerável valor contido em nossos ativos de metais básicos de classe mundial, na medida em que atribui ao ouro pagável produzido como subproduto do Salobo o valor de US$ 5,32 bilhões, além dos pagamentos de US$ 400 por onça de ouro entregue, dado que não haverá custos adicionais para a extração do ouro contido no concentrado de cobre produzido pelo Salobo. O capex estimado para o Salobo - Salobo I e Salobo II - com capacidade nominal de 200.000 toneladas anuais de cobre em concentrado mais o ouro produzido como subproduto, é de US$ 4,2 bilhões, dos quais US$ 3,05 bilhões foram investidos até 31 de dezembro de 2012.
Nosso negócio de metais básicos passa por mudanças com o objetivo de melhorar consideravelmente seu desempenho e gerar valor para o acionista de forma sustentável. Paralelamente aos esforços para liberar valor das operações, como esta transação e o potencial desinvestimento de ativos non-core, a Vale está buscando a redução da estrutura de custos e elevação de produtividade através da simplificação dos fluxos do processo produtivo, a paralisação de operações não rentáveis, o foco na utilização de concentrados níquel de alto valor nos smelters e do uso de inovações tecnológicas, como o projeto CORe (Challenging Ore Recovery) na usina de Clarabelle e o fluxo operacional hidrometalúrgico integrado de Long Harbour, que entrará em operação em 2S13.
A execução do nosso plano estratégico reforça nossa confiança no elevado potencial de nossos ativos de metais básicos de classe mundial criar valor significativo ao acionista através dos ciclos.

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