Calçamento em terreno íngreme transforma a vida de moradores em São Gonçalo

Foto: Acom/PMSGRA

As irmãs Maria Hilda e Rita de Cássia dizem que ficou mais fácil ir pra escola

A Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo concluiu recentemente um calçamento quilométrico em meio a montanhas na localidade de Águas Criminosas, região de Pacas. A obra começou em outubro passado e surpreende moradores pondo fim ao transtorno de sair ou voltar pra casa. São cerca de dois quilômetros de calçamento em topografia íngreme onde residem várias famílias. Até então, o deslocamento de moradores era difícil devido ao cascalho solto em épocas de seca e atoleiros em tempos de chuva. Aos 85 anos de idade, o senhor Sebastião Bicalho dos Santos, o Tião Bicalho, quem mora no local desde o nascimento, conta que não imaginava ver o percurso calçado. A surpresa dele se justifica considerando que o morro até sua casa é bastante inclinado. “Toda a vida foi uma peleja pra sair de casa. Carro só subia com correntes nas rodas”, lembra. O calçamento em pedras melhorou a vida de várias famílias. Quem mora nas Águas Criminosas ainda se lembra da dificuldade de sair de casa para realizar tarefas corriqueiras como ir à escola, ao posto médico, ou ao supermercado. As irmãs Maria Hilda, 13 anos, e Rita de Cássia dos Santos, 16 anos, são um exemplo disso. Elas sonham com um futuro melhor através da educação e caminham diariamente cerca de 30 minutos de descida para terem acesso ao transporte escolar. A caminhada de volta dura em média 40 minutos. “Em época de chuva tinha muito barro e agora diminuiu bastante a poeira”, comemora Cássia, quem planeja fazer faculdade de engenharia. A dona de casa Marli Conceição Santos Bicalho, 47 anos, mora no local há mais de duas décadas e demonstra satisfação com a obra. “Tinha muita esperança em ver este calçamento pronto e estou muito satisfeita. A Prefeitura tem feito muita coisa por aí e antes não era qualquer carro que subia até aqui”, elogia. Em Águas Criminosas residem vários agricultores e o calçamento já facilita o escoamento da produção. A obra foi executada com recursos próprios, com investimento de R$366 mil.