5 de maio de 2013

Prefeito quer desapropriar campo do Amparo por apenas R$ 3 mil

Foto: Arquivo JNBDP



Medida visa atingir líder da oposição que é presidente da entidade. Clube quer receber valor justo para ceder o Estádio ao Executivo. Posse do campo será decidida pelo Poder Judiciário, em Barão de Cocais. Na sexta-feira, 26, o presidente do Amparo Futebol Clube (AFC) foi surpreendido com uma notificação extrajudicial, assinada pelo prefeito Pedro dos Santos Moreira, "Pedrada", que havia baixado o Decreto 014/2013, que declara de utilidade pública para fins de desapropriação, o Estádio Raimundo Dias, de propriedade do clube, para a instalação do "Estádio Municipal", por apenas R$ 3 mil. Esta quantia está à disposição do clube, na Secretaria de Administração e Finanças, visando a efetivação da desapropriação e imediata imissão da posse do imóvel. Imediatamente, o presidente do Amparo, Eduardo César Motta Dias, acionou a assessoria jurídica do clube para contestar a desapropriação. "Não concordamos com o decreto e muito menos com o valor do estádio, fundado em 30 de junho de 1957 e único bem do clube que completará 78 anos este ano", afirmou o presidente. PERSEGUIÇÃO - Eduardo Dias acredita que o prefeito quer apenas persegui-lo já que como vereador é o líder da oposição na Câmara. "Não é a primeira vez que este prefeito persegue o Amparo. Em 2011, após publicar uma foto do prefeito dormindo dentro do carro oficial da Prefeitura, após voltar de uma festa na Ponte dos Machados, ele enviou para o Legislativo, um projeto tomando do Amparo um lote no Centro da cidade. Fomos a justiça para contestar a decisão e o lote não pôde ser levado a leilão, como queria o Pedrada. Agora ele vem com esta história de querer pagar R$ 3 mil por um patrimônio do Amparo que vale muito mais. Este valor não pode ser levado a sério e já está sendo contestado na justiça", explicou o dirigente. MÁ FÉ - O prefeito Pedrada está agindo de má fé em relação à posse do campo do Amparo. Na Comarca de Barão de Cocais corre uma ação de usucapião interposta pelo Amparo, desde 2001, onde a Prefeitura entrou no processo alegando ser a dona do estádio. "O prefeito está cometendo um ato de improbidade administrativa ao declarar em um processo ser dono do campo do Amparo e ao baixar um decreto de desapropriação reconhecendo que o campo é do clube. A incoerência deve lhe custar um processo de improbidade administrativa, com o pedido de cassação do mandato de Pedrada", sentenciou Eduardo Dias. Fonte: Folha de Bom Jesus

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