24 de julho de 2013

Livro sobre resgate da flora de canga é lançado com apoio da Vale

A flora canga, ou campo rupestre ferruginoso, é a vegetação típica de solos rochosos com alta presença de ferro. Apesar de estar presente em grandes áreas do chamado quadriláterro ferrífero de Minas, o conhecimento voltado para a compreensão e conservação dessa vegetação ainda é relativamente pequeno. Para trazer mais informação sobre o assunto, a bióloga e pesquisadora Miriam Pimentel Mendonça, da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte, lançou, com apoio da Vale, o livro "O resgate da flora de canga", este mês. O livro pode ser tratado como um guia para pesquisadores. Além de situar o leitor no contexto da discussão acerca das questões que envolvem o resgate de flora e da recuperação de áreas degradadas, o livro apresenta procedimentos metodológicos, técnicas básicas de investigação, o trabalho com as plantas, estudo das populações de plantas silvestres, estudo do ambiente e técnicas especializadas. O livro traz ainda um estudo de caso sobre a Mina Capão Xavier, da Vale, em Nova Lima. A pesquisadora mostra o projeto de resgate de flora na mina de Capão Xavier, pela Vale e Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte entre 2001 e 2005. Seminário Paralelamente ao lançamento do livro, a Vale, em parceria com diversas instituições públicas e privadas, promoveu o "Seminário sobre Conservação e Recuperação dos Campos Rupestres". Cerca de cem pessoas estiveram presentes no auditório do Memorial Minas Gerais Vale, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, no início do mês. Além da Vale, a Fundação Zoobotânica, a Prefeitura de Belo Horizonte, a Gerdau, o Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra) e a V&M do Brasil participaram do evento. O objetivo foi promover maior entendimento sobre o complexo de vegetação associado ao substrato ferruginoso, presente nos campos rupestres. Um dos palestrantes foi o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Elpídio Inácio Fernandes Filho. Segundo ele, "os esclarecimentos de estudos sobre vegetação devem ser cada vez mais constantes, levando em consideração a situação atual do meio ambiente e a necessária vinculação das empresas e pessoas à sustentabilidade". Também da UFV, o professor Cláudio Coelho de Paula, enalteceu o incentivo da Vale e demais instituições presentes no evento. "O que está acontecendo aqui é um marco na história do conhecimento que vem elucidar muitas situações existentes na região do quadrilátero ferrífero. Parabéns a todos vocês que investiram nesse seminário", afirma o professor. "Incetivar a troca de informações sobre os campos rupestres é essencial para ajudar a conserva-los. Boa parte desse conhecimento está partindo das próprias mineradoras da região, que, apesar de ocupar apenas 2% da área do quadrilátero ferrífero, tem realizado estudos ambientais sobre campo rupestre há alguns anos", afirma Alberto Bernardo, Gerente-Geral de Relações Institucionais da Vale.

Nenhum comentário: