21 de fevereiro de 2010

Por que as rodovias federais matam tanto em Minas Gerais?‏

Prezados

Um acidente nunca é igual ao outro, "dizem". Mas em Minas todos tem algo em comum: O mesmo cenário, que facilita as colisões frontais e por conseqüência as mortes: As pistas simples com alto fluxo de veículos, a sinuosidade e a topografia acidentada, faz do estado, o campeão de acidentes com mortes. Se as pistas fossem separadas por barreiras físicas de concreto ou aço, mais de 90% destas mortes na estradas federais deixariam de ocorrer.
Alguma pessoas costumam perguntar por que a ONG SOS Rodovias Federais não fala das estradas estaduais, que também possuem pista simples. A razão é que o maior volume de acidentes com mortes acontecem nas rodovias federais. A velocidade nelas é maior, o fluxo de caminhões idem e as condições de dirigibilidade torna a viagem muito mais arriscada. Pelas federais também circulam milhares de motoristas que não conhecem as estradas e que atravessam o País de norte a sul, e de leste a oeste, pela primeira vez. A malha rodoviária de Minas é a maior e deveria ser a melhor.
O ideal seria que todas as rodovias fossem duplicadas. Contudo, o número de acidentes fatais nas estaduais é de menos de 10% se comparado aos números das federais. As estaduais, depois do "pró acesso" melhoraram muito nos quesitos piso e sinalização. Não é o ideal, mas isso já serviu para diminuir os acidentes, mesmo com a frota crescendo exponencialmente.
É importante ressaltar que os motoristas imprudentes contribuem muito para os acidentes, mas sobre eles o estado (governo federal) não tem controle e desta feita, precisa proteger os que não são, dando a estes o direito de trafegar pelas estradas com menor risco possível de uma colisão frontal, que é a principal causa de mortes.

José Aparecido Ribeiro
Administrador,consultor
Especialista em transito e assuntos urbanos
ONG SOS Rodovias Federais
Belo Horizonte - MG
CRA-MG 0094/94
31-9953-7945
96-9148-5511

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