19 de abril de 2008

Vereadores trocam acusações

A reunião ordinária da Câmara são-gonçalense dessa quinta-feira, 17, se transformou em um bate-boca quando o vereador Ailton Figueiredo fez o uso da palavra. Ailton teceu duras críticas ao que ele chamou de "grupo dos poderosos que dominavam a cidade", criticando o presidente da Comissão Provisória do PSDB, Ulisses Guimarães Fonseca. "Esse grupo acha que pobre não tem vez. Eu, pobre, fui o vereador mais votado. Guardem esse nome, Ulisses Magalhães (sic) Fonseca. Agora lançaram aí um documento falso dizendo que minha filha tinha recebido bolsa integral. Pois a Unipac está acionando seu jurídico para apurar esses fatos. Eu trabalho, minhas despesas são pagas com suor e aqui estão todos os comprovantes de que eu paguei a Unipac", afirmou, enquanto balançava alguns papéis.

O vereador ainda acusou a Câmara de não prestar contas, o que foi retrucado pelo presidente e desmentido pelo colega e líder do governo, Sebastião Amaro, o Tião Chinelo.

Diante das colocações do vereador, o presidente Buzica solicitou que ele repassasse cópias dos comprovantes para todos, demonstrando sua inocência, porém o vereador apenas abanou os papéis e não entregou a ninguém, mas continuou debatendo com o presidente dizendo que o mesmo havia gasto R$ 100 mil em publicidade. Buzica retrucou dizendo que os investimentos da Câmara foram com publicações exigidas pela lei, sendo que, por outro lado, a Prefeitura em 2007 havia gasto mais de R$ 500 mil com propaganda e rebateu: "Pois bem vereador, você está questionando a idoneidade dessa casa sem, entretanto, poder provar, pois o que fala não é verdade, mas você nem pode falar tudo isso já que, apesar de ser vereador dessa Casa com salário de R$ 1,4 mil (na verdade R$ 1.715,00) recebeu material da Prefeitura alegando carência", disse, mostrando um documento ao público presente. "E esse não é falso não, é original com firma reconhecida em cartório", disparou.


Diante do fato, o vereador Ailton afirmou que se ele tiver errado, que acione a Justiça, sendo informado que isso acontecerá.


"Prefeitura agiu de má fé", acusam vereadores

Os vereadores de oposição informaram que a Prefeitura, além de fazer "terrorismo" com o fato da denúncia, agiu de má fé perante os estudantes e toda comunidade.

Gladston informou que o projeto apresentado pelo prefeito havia recebido recomendações do advogado Dr. Adilson Prates, conforme nota técnica que acompanhou o projeto para ser sancionado pelo prefeito.

A Nota Técnica esclarecia que a projeto poderia ser aprovado pela Câmara, não implicando em infração eleitoral para os membros do Legislativo, mas, conforme a lei, geraria uma temeridade e poderia ser questionado pelo Ministério Público Eleitoral, recaindo a responsabilidade para o prefeito.

Gladston informou também: "tudo leva a crer que o prefeito agiu de má fé e tentou ludibriar os estudantes e nossa comunidade. Pois primeiro ele mandou o projeto em cima da hora, na sexta-feira antes do carnaval para ser votado na quinta-feira, após a quarta-feira de cinza. Depois saiu um boato que não aprovaríamos o projeto. Aí aprovamos o projeto e o mesmo foi enviado pra ele com a ressalva, mesmo assim ele fez grande propaganda dizendo que tinha criado projeto para beneficiar os estudantes. Aí eu pergunto: será que ele com aquele batalhão de advogados, não sabia que estaria descumprindo uma lei? E porque não enviou o projeto em 2007, no final do ano. Se ele tivesse feito isso, aí sim ele estaria ajudando os estudantes, mas ele acabou de provar que está é usando o povo, usando os estudantes para fazer politicagem, mas a verdade é mais forte que isso tudo e uma hora todos saberão", concluiu o vereador.

Fonte: jornal Bom Dia

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