10 de março de 2011

Exibição completa||Voltar para mensagensRecordes de mortes em rodovias e o discurso oficial é o que continua valendo...

Trinta e cinco mortes nas rodovias federais que atravessam Minas Gerais e apenas uma não foi por colisão frontal. Mesmo com todos os esforços e com o discurso de que a culpa é da imprudência e não do modelo de rodovias os números continuam crescendo e revelando que o problema não está sendo atacado como devia.

Dizer que a culpa é dos motoristas imprudentes não evita que as tragédias aconteçam. Eles sempre existiram e continuarão existindo. Sobre eles, o Estado não tem controle. Enquanto o modelo de rodovias que permite dois veículos cruzarem em sentidos opostos, em alta velocidade, sem barreiras físicas de concreto ou aço entre uma pista e outra, continuar existindo, os números de mortes continuarão crescendo. Minas tem 7 milhões de veículos e as mortes aqui são muito maiores do que em São Paulo onde tem 22 milhões de veículos e as rodovias são duplicadas.

Trinta e quatro, das trinta e cinco mortes por colisões frontais nas rodovias federais de MG que ocorreram no feriado de carnaval, poderiam ter sido evitadas se as pistas fossem separadas ou tivessem proteção entre elas. As autoridades preferem continuam enxugando gelo e transferindo a culpa para os motoristas... O essencial não é discutido: O que tem a nos dizer o Ministro dos Transportes sobre o recorde de acidentes em rodovias do País?

Nenhuma equipe de reportagem dignou-se a falar com a autoridade máxima do assunto. O número de mortes é maior do que os de um acidente aéreo ou das querras que se desenrolam pelo mundo,189 no total e no local dos acidentes. E mesmo assim o político não tem as rodovias como prioridade. Para Alfredo nascimento a prioridade são as hidrovias da Amazônia. (discurso feito em sua posse que já é a terceira vez à frente do Ministério dos Transportes)

O assunto continua sendo tratado apenas pela Polícia Rodoviária Federal que tem a missão de fiscalizar. Os resultados mostram que só isso não resolve. As medidas de fiscalização são eficazes em alguns trechos, mas não podem estar presente em toda a extensão das rodovias. É importante lembrar que todas as vezes que um motorista imprudente encontra um prudente no seu caminho, o segundo acaba pagando com a vida o que poderia ser evitado se pelo menos as rodovias federais fossem minimamente seguras e duplicadas.

Contra os imprudentes, o remédio é rodovias seguras, mais atitudes e menos discurso.

José Aparecido Ribeiro

Especialista em transito e assuntos urbanos

CRA MG 0094 94

31 9953 7945

ONG SOS Rodovias federais

Nenhum comentário: