6 de abril de 2009

Prefeitura e DAE buscam alternativas para resolver os problemas da autarquia

Foto:Divulgação - DAE

Desde janeiro, quando foi mostrada à imprensa a situação precária em que foi encontrado o Departamento de Águas e Esgotos (DAE), a Prefeitura Municipal de João Monlevade através das secretarias de Planejamento, Fazenda e a autarquia, têm se reunido para buscar soluções que possam minimizar os problemas encontrados na entidade. Uma das preocupações do diretor do departamento, Geraldo Amaral, é em relação aos impactos negativos ao DAE com a criação da Lei de 2001 que isenta do pagamento da tarifa de água para quem gasta até 10m³ por mês, o equivalente a 10 mil litros, independente da situação financeira. De acordo com Amaral, dos 22.089 consumidores cadastrados no DAE, aproximadamente 9.500 não pagam pela água que consomem, ou seja, cerca de 43% dos consumidores cadastrados são beneficiados pela isenção.
Um estudo levantado pelo administrador regional do Cruzeiro Celeste, Luiz Cláudio do Patrocínio, aponta que aproximadamente 90% dos consumidores que são beneficiados com a taxa mínima residem na região central da cidade e possuem poder aquisitivo maior do que os que pagam a conta de água. Através destes dados, Geraldo Amaral acredita que pessoas com a renda menor são as que mais sofrem com a isenção da taxa. “É preciso que haja novos critérios da lei para que ela cumpra seu papel social e beneficie os consumidores que realmente precisam”, revelou.
Para o secretário de Fazenda do município, Júlio Sartori, antes da criação da lei de isenção, o departamento era auto suficiente e gerava lucros. “Hoje, ele está praticamente falido”, declarou destacando que em conseqüência da Lei, o DAE deixou de arrecadar aproximadamente R$7milhões nos últimos anos. Segundo o secretário, a lei não teve o seu objetivo alcançado por não favorecer os mais carentes.

Tubulação
Segundo Geraldo Amaral, uma outra prioridade no DAE é a aquisição do composto ortopolifosfato para a limpeza da tubulação. Amaral explica que a rede de distribuição da cidade é de ferro fundido e com isso, o ferro e o manganês presentes na água são oxidados pelo oxigênio e pelo cloro utilizado nos processos de tratamento de água. Estes elementos aderem ás paredes internas dos tubos de ferro fundido, formando crostas espessas.
Ao longo desses quase 40 anos de existência da rede de distribuição de água, os tubos ficaram incrustados, o que dificulta a passagem da água, fazendo com que, em alguns pontos mais críticos, a água chegue com pouca pressão. Estas incrustações quando se desprendem das paredes dos tubos fazem com que a água fique suja, mas mesmo assim elas não contem nenhum microorganismo prejudicial á nossa saúde. Ainda de acordo com o diretor, o composto custa em média R$ 210 mil para aplicações de seis meses. Como a autarquia não possui condições de licitar o composto, e a previsão é de fechar o exercício de 2009 com saldo negativo, a Prefeitura estuda formas de solucionar este problema.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não seria uma boa levar a COPASA para João Monlevade?