15 de janeiro de 2013

Parceria entre Vale e Instituto Terra vai recuperar nascentes do Rio Doce


A Vale irá destinar cerca de R$ 2 milhões para o "Programa Olhos D´Água" que é desenvolvido pelo Instituto Terra com o objetivo de proteger e recuperar cerca de 500 nascentes do rio Capim, em Aimorés (MG), que compõem a bacia hidrográfica do Rio Doce. A parceria, que teve início neste ano, irá se estender até dezembro de 2015, totalizando 40 meses. Além de restaurar essas nascentes, o projeto vai permitir, ainda, que sejam recuperados os ecossistemas naturais do município mineiro associados a essas fontes.
Entre as ações que fazem parte do programa estão a elaboração de projetos técnicos de adequação ambiental de 300 propriedades rurais da área de influência do rio Capim; a mobilização e a sensibilização de 300 produtores rurais e de suas respectivas famílias para a execução do projeto; treinamento e capacitação de outros 180 para a sua implementação; e implantação de 200 fossas sépticas nas propriedades rurais beneficiadas pela iniciativa como forma de diminuir o impacto da contaminação das nascentes e, assim, contribuir para a melhoria da qualidade de vida na região, entre outras ações.
"Com essa parceria, estamos contribuindo para a recuperação de um importante manancial e dos ecossistemas que o compõem. Trata-se de uma iniciativa que gerará ganhos positivos para as gerações atuais e futuras, já que envolve não só o desenvolvimento socioambiental da região de Aimorés, e que refletirá na melhoria da qualidade de vida das comunidades localizadas no entorno do rio Capim e, de forma mais ampla, de todos aqueles que são beneficiados pela bacia hidrográfica do Rio Doce", declara o diretor de Operações da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), Carlos Quartieri.
Além de recuperar o patrimônio ecológico da região, a parceria entre a Vale e o Instituto Terra irá beneficiar uma população de 25 mil habitantes da área de influência do rio Capim, número que representa 80% da população do município de Aimorés.
Rio Doce
A Bacia hidrográfica do Vale do Rio Doce se estende entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e banha 230 municípios, sendo 28 no Espírito Santo e 202 em Minas Gerais. Sua extensão abrange uma área de 8.264.600 hectares (INPE, 2000), ou 82.646 km2, o que equivale à superfície de Portugal.
Com um total de 853 quilômetros de percurso, o Rio Doce deságua na Vila de Regência, em Linhares (ES).
Instituto Terra
Fundado em 1998 por Lélia Deluiz Wanick e Sebastião Salgado, o Instituto Terra é uma associação civil, sem fins lucrativos, que promove a recuperação da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce há 14 anos. Atua através da restauração ecossistêmica, produção de mudas nativas, extensão ambiental, pesquisa científica aplicada e educação ambiental, em municípios de Minas Gerais e Espírito Santo.
Sua sede se localiza na Fazenda Bulcão, em Aimorés (MG), área reconhecida como Reserva de Patrimônio Natural (RPPN). O título conserva seu ineditismo por se tratar da primeira RPPN criada em uma área degradada, com o compromisso de vir a ser recuperada. Ao todo, desde sua fundação, o Instituto Terra já contabiliza 5,5 mil hectares de Mata Atlântica em processo de recuperação no Vale do Rio Doce e a produção de mais de 3,5 milhões de mudas nativas.
E mais que plantar árvores e recuperar fontes de água, desde o início os fundadores se mobilizaram para tornar o Instituto Terra em um pólo irradiador de uma nova consciência ambiental, baseada na recuperação e conservação florestal, aumento da produção agrícola e melhoria da qualidade vida no meio rural. Até o momento, mais de 700 projetos educacionais já foram desenvolvidos para um público superior a 66 mil pessoas, de 176 municípios do Vale do Rio Doce. Mais informações no sitewww.institutoterra.org.

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