21 de outubro de 2006

Comissão Especial discute impacto de produtos chineses no setor ótico

Em sua segunda audiência pública, a Comissão Especial Contra a Invasão de Produtos Chineses da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, ouvirá, nesta terça-feira (24/10/06), o setor ótico e o de produtos refratários. A reunião foi solicitada a requerimento dos deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Paulo Cesar (PDT), presidente e relator da comissão, respectivamente. A audiência será às 10 horas, no Plenarinho IV.

Empresas de consultoria de mercado internacional indicam como os setores mais prejudicados com a entrada dos produtos chineses as indústrias têxteis, de calçados, brinquedos e setor ótico. A primeira já foi tema de audiência realizada no dia 17 de outubro. Sobre o setor ótico, a concorrência também é acirrada, já que os produtos chineses custam 90% mais barato, segundo análises de especialistas, produção baseada, sobretudo, em falsificações de grifes internacionais. Produtos piratas estão abocanhando metade do mercado de R$ 900 milhões que o setor fatura por ano. Das 153 fábricas de óculos, lentes e armações que o Brasil tinha há 15 anos, restam somente 35.

Na audiência realizada para discutir o setor têxtil, os participantes pediram acordos bilaterais, formação de uma frente multipartidária para pressionar o governo federal e o uso dos créditos de ICMS, para ajudar os segmentos mais prejudicados.

Foram convidados para a audiência da próxima terça-feira (24): o presidente da Indústria de Refratários de Minas Gerais, Renato Travassos Martins da Silva; o presidente do Sindicato do Comércio Ótico de Minas Gerais, Paulo Cançado Gonçalves; e o presidente do Conselho Regional de Óptica e Optometria de Minas Gerais, Édmo de Oliveira Santos.

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