26 de setembro de 2008

Vale é a única empresa da AL listada no ranking do Carbon Disclosure Project

A inclusão no CDP é resultado do Programa Carbono Vale, cuja diretriz corporativa será lançada hoje em Fórum de Sustentabilidade na Firjan



A Vale é a única empresa da América Latina listada no Carbon Disclosure Leadership Index , lançado pelo CDP no último dia 22 nos EUA. O ranking avalia as 500 maiores empresas incluídas no índice Global 500 , da Bolsa de Valores de Nova York. Deste total, foram escolhidas 67 empresas intensivas e não-intensivas em carbono que são modelos em transparência e na adoção de ações práticas para diminuir suas emissões. Entre as seis companhias do setor de Matéria-Prima, Mineração, Papel e Embalagens listadas como líderes, a Vale foi a empresa que registrou o menor índice de intensidade de emissões de gases do efeito estufa (GEE) em 2007, segundo critério emissão por receita adotado pela organização.

Instituição sem fins lucrativos, sediada em Londres, o CDP lança anualmente um relatório sobre ações tomadas pelas principais empresas do mundo na área de mudanças climáticas. Atualmente, a organização representa mais de 3 mil investidores que, juntos, combinam US$ 57 trilhões sobre seu controle.

A inclusão no ranking do CDP é resultado do Programa Carbono Vale, cujas bases foram criadas em 2007. O programa é o plano de ação do documento “Diretrizes Corporativas sobre Mudanças Climáticas e Carbono”, que a Vale lança hoje (dia 26/09) no Fórum de Sustentabilidade, na Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).

Nas Diretrizes Corporativas, a Vale reconhece que a questão das mudanças climáticas é um tema fundamental para a sustentabilidade do planeta e do negócio e busca estabelecer mecanismos de controle e redução de emissão de GEE. O documento traz também os cinco eixos do Programa Carbono, que são: avaliação estratégica da mudança climática nos negócios e capacitação da empresa para atuar no novo ambiente competitivo; suporte e indução de iniciativas de redução de emissões de GEE e seqüestro de dióxido de carbono; cooperação e parcerias para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e para implementação de ações de mitigação e adaptação nos territórios onde a Vale atua; apoio a governos e setores para a construção de marcos regulatórios sobre necessários para o enfrentamento das mudanças climáticas; e transparência e aprimoramento contínuo.

Para o Programa Carbono, a Vale vai destinar US$ 5 milhões até o fim de 2008. Os recursos estão sendo investidos em capacitação de executivos e gerentes da empresa, estudos sobre aquecimento global e projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo).

InpeInpe – O Programa Carbono contempla o convênio, assinado em abril, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e que prevê a publicação de três relatórios sobre mudanças do clima e seus impactos na vegetação, agricultura, biodiversidade e capacidade de geração de energia nos Estados do Pará e do Maranhão, onde a empresa possui importante presença. No primeiro relatório, lançado no inicio de setembro, os pesquisadores do Inpe estudaram a variação do clima e da temperatura em três períodos: 2010-2040, 2041-2070 e 2071-2100. O trabalho servirá de base de informação para a elaboração dos relatórios subseqüentes, previstos para março e abril de 2009.

Emissões - Em 2007, a Vale emitiu 15,22 milhões de toneladas de CO2 equivalentes, o que representa um crescimento de 51% em relação a 2005. Este aumento se deve à inclusão da Vale Inco e do aumento de produção. Por unidade produzida, as emissões da empresa se mantiveram estáveis . A Vale, porém, vem adotando projetos de redução de emissões e seqüestro de GEE. No ano passado, a Vale testou e aprovou o B20 (20% biodiesel e 80% diesel comum) em suas ferrovias. Quando implantado em sua plenitude o B20 proporcionará uma redução de cerca de 300 mil toneladas de CO2 equivalentes por ano. Hoje, a empresa aguarda disponibilidade de biodiesel no mercado brasileiro para voltar a usar o B20.

Em 2005, a Vale iniciou projeto de substituição de óleo combustível por gás em suas plantas de pelotização do Complexo de Tubarão (ES). A estimativa é uma redução de 600 mil ton de CO2 por ano quando o projeto estiver funcionando plenamente. Até o final de 2008, 9 das 10 usinas de pelotização já estarão capacitadas a operar com gás natural.

Outro projeto importante para a redução das emissões de GEE é o Vale Florestar, concebido para proteger e recuperar as florestas nativas do sudeste do Pará, combinando o plantio de espécies da região com árvores de uso industrial. O Vale Florestar é, atualmente, o maior projeto de recuperação ambiental já implantado na Amazônia. Iniciado em 2007, o programa receberá investimentos de US$ 300 milhões até 2015, dos quais US$ 60 milhões até o fim de 2008. A área total a ser beneficiada pelo programa é de 300 mil hectares, o que possibilitará o seqüestro de 1,6 milhões de ton de CO2 equivalentes por ano, somente na floresta industrial (que representa 50 % da área total).

Além disso, a Vale já ajuda a proteger quase 3 bilhões de árvores ao redor do mundo, a maior parte delas na Amazônia. São 14 árvores para cada brasileiro, considerando a população atual, de 190 milhões de habitantes. O total equivale ainda a quase a metade da população do planeta, cuja população é de 6,6 bilhões de pessoas. O estoque de gás carbônico estimado é de em 1 bilhão de toneladas.

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