5 de abril de 2010

A história de Minas em verso, prosa e tecnologia

Vale e Governo do estado fazem pré-lançamento do Memorial Minas Gerais Vale, espaço que contará história do estado de maneira interativa



A Vale e o Governo do Estado de Minas Gerais realizaram, nesta sexta-feira, 19 de março, o pré-lançamento do Memorial Minas Gerais Vale. O espaço integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade, complexo de centros culturais que funcionarão em edifícios públicos do entorno de um dos principais cartões postais de Belo Horizonte, a Praça da Liberdade. Com projeto museográfico do designer Gringo Cardia, o Memorial receberá investimentos de R$ 23 milhões por parte da Vale e será instalado no antigo prédio da Secretaria estadual de Fazenda. A previsão é que o espaço seja aberto ao público no segundo semestre.

No evento de pré-lançamento, três salas do Memorial foram apresentadas aos convidados: o Panteão da Política Mineira, Casa da Ópera e Vilas Mineiras - Séculos XVIII e XIX. A sala Panteão da Política Mineira tem uma instalação teatral que conta vários aspectos da história do Estado por meio de uma dramatização cenográfica. Vários quadros mostram personagens que conversam entre si, sendo que os visitantes ficarão no meio desta sala, sentados em cadeiras giratórias e assim participarão da conversa.

A Casa da Ópera é um espaço interativo inspirado em teatro do Século XVIII. Além de palco e cadeiras, o ambiente permite a exibição de vídeos e outras projeções. A Sala terá programação cultural com recitais de poesia, saraus de música clássica, música eletrônica, teatro de bonecos e palestras. Com capacidade para 30 pessoas, também exibirá vídeo relatando a "história do espetáculo mineiro".

A sala Vilas Mineiras - Séculos XVIII e XIX - fica no segundo pavimento do Memorial. Lá, os visitantes encontrarão uma grande maquete de uma vila mineira dos Séculos XVIII e XIX. Duas telas projetam personagens de época sobre esta maquete e o som ambiente narra um dia inteiro na cidade.

A proposta do Memorial é transformar o prédio em um ambiente futurista, onde cenários reais e virtuais se misturam para reconstruir a riqueza cultural do Estado, desde o século XVIII até os dias atuais. O espaço será dividido em três eixos: Minas Visionária, Minas Imemorial e Minas Polifônica, mostrando o universo dos escritores mineiros, o mundo das fazendas, das tribos indígenas e quilombos, do barroco, das festas populares, do artesanato, da moda, da música, da política e da arqueologia do solo de Minas.

No eixo Minas Imemorial, o visitante fará uma viagem entre os séculos XVIII e XXI com cenários que mostram o mundo das fazendas mineiras, as lavras, os quilombos, os sítios arqueológicos. O eixo Minas Visionária trará os conceitos de tradição, entusiasmo e utopia na cultura e no pensamento mineiro.

O eixo Minas Polifônica será um grande ambiente interativo reunindo conhecimento e arte, no qual o visitante poderá conhecer um pouco mais da história da miscigenação na cultura mineira, além do barroco, do modernismo e das festas populares. Em um grande mapa de Minas, será possível conhecer os 853 municípios, e, ainda, deixar gravado o nome e a foto do visitante no Memorial.

No primeiro piso haverá espaços dedicados às músicas de câmara e eletrônica, além de salas que homenageiam grandes nomes da cultura mineira. Um cyber lounge com 19 pontos de internet será local de descanso para os visitantes que podem ler e ouvir música ou assistir a clipes em telas de cinema. Nesse mesmo piso haverá, ainda, um café com quitandas típicas de Minas Gerais. O andar superior contará com galeria de arte contemporânea para jovens artistas e um auditório com capacidade para 90 pessoas.

Atualmente, a empresa responsável pela obra está finalizando o reforço estrutural do prédio e as instalações complementares como elétricas, hidráulicas, automações e de ar condicionado. Após esta etapa, a museografia entrará em fase final de suas instalações. O Memorial Minas Gerais Vale contará com 31 salas.

Gringo Cardia - museógrafo

Gringo Cardia nasceu em Uruguaiana (RS) e começou sua carreira no final dos anos 70. Em sua trajetória, criou cenários para mais de 100 peças de teatro. Seu currículo também conta com direção de mais de 50 videoclipes institucionais e de música no Brasil.

O artista também marcou forte presença no exterior, realizando projetos de design para a joalheria H.Stern, em Nova Iorque, desenhando o pavilhão brasileiro na Expo 2000, em Hannover, Alemanha, além de ter criado o vídeo da campanha de controle de armas da Anistia Internacional, exibido em Londres e Nova Iorque. Atualmente, dirige a produtora Mesosfera, no Rio de Janeiro. Criou, em 2000, a ONG Escola Fábrica de Espetáculos Spectaculu -, para capacitar alunos de comunidades de baixa renda em técnicas de artes visuais.

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