Além de utilizar produto 100% renovável, a iniciativa permite que sejam gerados créditos de carbono durante o processo produtivo desses equipamentos, já batizados como "capacetes verdes". A cada capacete fabricado, são sequestrados em torno de 230g de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, de acordo com dados fornecidos pelo fabricante do equipamento. Produzidos a partir do uso de polietileno petroquímico, que é uma matéria-prima não renovável, cada capacete disponível no mercado atualmente gera pouco mais de 1 kg de CO2 durante o processo produtivo.
Só no ano passado, a Estrada de Ferro Vitória a Minas adquiriu em torno de 2,2 mil capacetes de polímero fóssil, entre novas aquisições e reposições. Os benefícios do capacete verde vão além do seu tempo de vida útil, que é de cinco anos. O equipamento pode ser reciclado e utilizado na fabricação de outros capacetes e produtos.
A utilização dos capacetes verdes deverá ser estendida para a Vale como um todo. Isso porque a empresa responsável pela fabricação dos equipamentos passará a fornecer somente capacetes feitos com polímero verde para a mineradora.
O emprego de "polietileno verde" na fabricação de EPIs é inédito em termos mundiais. A primeira fase do projeto prevê a utilização do polímero na fabricação do chamado "casco" dos capacetes, mas a intenção é que a aplicação do produto seja feita também em outras peças que compõem o equipamento, como abafadores e suspensão. Mesmo com a substituição da matéria-prima, os padrões de qualidade e de segurança dos novos equipamentos serão os mesmos dos oferecidos por aqueles fabricados com polímero petroquímico.
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