17 de agosto de 2006

Colunista Jaine Resende


Alimentação saudável: garantia de boa saúde
A obesidade é maior do que a desnutrição

Pesquisa sobre hábitos alimentares do brasileiro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o percentual de pessoas com excesso de peso no Brasil já é dez vezes maior do que o das desnutridas.
A alteração dos ponteiros da balança é conseqüência do grande aumento do consumo de gorduras e de açúcares pelo brasileiro, especialmente dos refrigerantes e das refeições de massa.
A obesidade já é considerada doença tanto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto pelo governo brasileiro.
A obesidade está relacionada a problemas respiratórios e no aparelho locomotor, distúrbios de sono, depressão, a certos tipos de câncer, ao colesterol alto e ao aumento da pressão arterial, que podem levar a distúrbios cardiovasculares mais graves, e a diabetes tipo 02. O tratamento inclui reeducação alimentar
O tratamento para a obesidade e o sobrepeso pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS),


Dicas para uma alimentação saudável

• coma frutas, verduras e legume, evite gorduras e frituras.
• evite longos períodos em jejum fazendo ao menos três refeições e um lanche por dia
• coma com calma, mastigando bem os alimentos • evite refrigerantes, doces e alimentos calóricos, como biscoitos, salgados e bolos • beba bastante água, no mínimo oito copos de água por dia • pratique atividade física regularmente

Higiene e segurança dos alimentos
Se não forem manipulados corretamente, com higiene e segurança, os alimentos oferecem riscos à saúde, principalmente às crianças, idosos, gestantes e pessoas com baixa resistência imunológica.

As principais doenças de origem alimentar – infecções e toxiinfecções
– são causadas por fungos, vírus e bactérias. Esses microrganismos nem sempre alteram a cor ou o cheiro dos alimentos, tampouco podem ser vistos a olho nu. Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou 749 surtos de infecção por salmonela.
Desse total, 277 foram causados pelo consumo de ovos ou maionese caseira contaminada.
Dores no estômago, náuseas, mal-estar e febre, que podem durar alguns dias ou evoluir para um quadro mais grave, são indícios de doenças causadas pela ingestão de alimentos contaminados.
Na presença de algum desses sinais, é necessário procurar atendimento médico.
Em casa, o hábito de lavar as mãos e ter cuidados básicos na preparação e conservação dos alimentos pode reduzir drasticamente o risco de contaminação. Já agricultores, fabricantes, distribuidores, transportadores, comerciantes e ambulantes devem adotar boas práticas nos serviços. Essas medidas preventivas garantem segurança e qualidade dos alimentos.


Dicas para comprar e consumir melhor..

• adquira produtos de boa qualidade, com a embalagem intacta e com procedência e registro nos órgãos oficiais, como os ministérios da Agricultura e da Saúde e o Serviço de Inspeção Federal (SIF). Devem constar do rótulo as datas de fabricação e de validade, nome e endereço do produtor, registro do produto, suas características, composição, instruções sobre conservação e utilização do alimento • observe as geladeiras e os congeladores dos estabelecimentos. Eles não podem estar abarrotados e devem ter termômetros que permitam a leitura das temperaturas, • verifique se os alimentos não estão expostos ao calor, à umidade ou se estão próximos de outros produtos que possam comprometer a sua qualidade.
É muito importante também que • os alimentos perecíveis devem ser comprados por último, rapidamente levados para casa e colocados em refrigeração • os alimentos prontos que são consumidos quentes devem estar armazenados e expostos em temperaturas superiores a 65ºC • os funcionários devem usar uniformes, manter boa higiene pessoal e, ao manipular os alimentos, usar touca para cabelo, avental, luvas e lavar freqüentemente as mãos.


E Antes de ir à mesa
• procure saber a origem dos produtos. Os alimentos orgânicos certificados não levam agrotóxicos• prefira as frutas e verduras da época e as produzidas na região de consumo • lave bem as frutas e verduras em água corrente • descasque sempre as frutas e verduras para que os resíduos presentes na casca sejam eliminados • retire as folhas externas das verduras porque, em geral, elas concentram mais agrotóxicos • lavar e descascar os alimentos ou deixá-los de molho na água com vinagre, bicarbonato de sódio ou água sanitária não garante a eliminação total dos resíduos de agrotóxicos nos alimentos.


Essas medidas ajudam a eliminar impurezas e bactérias • cozinhe bem os alimentos. A temperatura deve chegar a pelo menos 70ºC em toda a massa do alimento, interna e externamente. • lave as mãos antes de iniciar o preparo dos alimentos, após qualquer interrupção e ao manipular alimentos diferentes. Em caso de cortes ou feridas das mãos, você deve cobri-los antes de entrar em contato com os alimentos. Lave a tábua de corte de alimentos após cada uso • mantenha higienizados todos os equipamentos, superfícies e utensílios da cozinha.

Atenção – Antes de consumir alimentos em bares, restaurantes e cantinas, verifique as condições de higiene do local e dos funcionários e se os alimentos estão expostos corretamente e na temperatura ideal. Se forem levar sobras para casa, transporte-as em embalagens térmicas. Ao chegar à residência, coloque o alimento diretamente na geladeira. Exija nota fiscal. Ela é fundamental para formalizar reclamações.


O consumidor deve denunciar irregularidades

Cantinas, restaurantes, padarias, bufês, cozinhas industriais ou institucionais devem seguir as normas de boas práticas para serviços de alimentação que constam da Resolução 216, de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A norma define os procedimentos que devem ser seguidos na hora de manipular, preparar, acondicionar, armazenar, transportar e expor à venda os alimentos. Também estabelece critérios para garantir higiene nos equipamentos, instalações e utensílios; controlar a qualidade da água; prevenir doenças e pragas; manejar o lixo; capacitar profissionais; e supervisionar a higiene e a saúde dos que trabalha com alimentos.
Quem não seguir as regras estará sujeito a notificações e multas, que podem variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. Os estabelecimentos estão sujeitos ainda a ser interditados pela vigilância sanitária, caso estejam em desacordo com a legislação ou ofereçam riscos à saúde das pessoas.
Cabe aos órgãos de vigilância sanitária dos municípios, estados e Distrito Federal fiscalizar os estabelecimentos comerciais e os alimentos neles vendidos. A Anvisa é responsável pela fiscalização dos portos, aeroportos e áreas fronteiriças.
Denúncias de irregularidades – como higiene precária dos estabelecimentos, alimentos estragados ou vencidos – devem ser feitas ao serviço de vigilância sanitária e ao Procon do município, para a reparação ou o ressarcimento de eventuais prejuízos. Também é recomendável que o consumidor informe o problema ao produtor, fabricante ou vendedor. O Código de Defesa do Consumidor traz os direitos dos clientes no comércio e nos serviços da área de alimentos. A exigência de nota fiscal é fundamental para formalizar reclamações. O código possibilita ainda a visita do consumidor às cozinhas de lanchonetes e restaurantes. FIQUE ESPERTO...


SEJA UM CONSUMIDOR RESPONSAVEL.
A maioria das coisas que compramos hoje vem embalada em plástico, vidro, metal, papel... No final, essas embalagens acabam indo para o lixo, pois na verdade o que nos interessa é o produto em si que compramos. Ao comprar qualquer produto, passe a prestar atenção na quantidade de lixo na qual aquele produto vai se transformar. Procure então comprar produtos que gerem menos lixo, que não tenham tantas embalagens. Você estará ajudando o meio ambiente ao gerar menos lixo, e também o seu bolso, pois o custo de toda aquela embalagem que vai para o lixo está embutido no preço do produto.
Nunca jogue lixo nas ruas, rios, lagos, trilhas, cachoeiras... Ou onde quer que seja. Todo lixo produzido deve ser jogado em tambores de lixo próprios, de preferência nos de coleta seletiva. Se você não tiver um tambor de lixo por perto, guarde seu lixo com você até encontrar um. Jogar lixo no chão é um ato de desrespeito com a natureza e sinal de grande falta de educação.

EU POSSO VOCE PODE, NÓS PODEMOS!
Mas: QUAL É O SEU JEITO?
É só procurar uma escola, um posto de saúde, uma ONG, que você vai saber qual é o seu jeito, em que área você pode ajudar. Acredite, o melhor é que você pode participar aí, no seu bairro, onde você vive. Juntos - governos, empresas, organizações sociais e cidadãos como você - nós podemos mudar a nossa rua, a nossa comunidade, o nosso país. Eu posso, você pode, nós podemos mudar o mundo. Participe, discuta, faça!
Garantir a sustentabilidade ambiental
VEJA SÓ!!! Um bilhão de pessoas ainda não têm acesso a água potável. Ao longo dos anos 90, no entanto, quase o mesmo número de pessoas ganhou acesso à água bem como ao saneamento básico. A água e o saneamento são dois fatores ambientais chaves para a qualidade da vida humana. Ambos fazem parte de um amplo leque de recursos naturais que compõem o nosso meio ambiente - florestas, fontes energéticas, o ar e a biodiversidade - e de cuja proteção depende nós e muitas outras criaturas neste planeta. Ações de Voluntariado na comunidade com vistas à educação e sensibilização da população, com interferência direta nas associações e órgão representativos, escolas, parques, reservas,
A Declaração do Milênio foi aprovada pelas Nações Unidas em setembro de 2000. O Brasil, em conjunto com os países-membros da ONU, assinou o pacto e estabeleceu um compromisso compartilhado com a sustentabilidade do Planeta.
Os Objetivos do Milênio são um conjunto de 8 macro-objetivos, a serem atingidos pelos países até o ano de 2015, por meio de ações concretas dos governos e da sociedade.
São a agenda do Planeta, a agenda da Humanidade. São a agenda do Brasil. A agenda de cada um de nós.

Jaine Resende.

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