5 de setembro de 2009

Padre João requer audiência para debater impacto na vida dos servidores estaduais

O deputado Padre João apresentou à Comissão de Administração Pública, requerimento de audiência para discutir o impacto na vida dos servidores estaduais em razão da mudança da administração para o Centro Administrativo. O requerimento foi aprovado na última quarta-feira (02/09/09).

Padre João aponta como agravantes a falta de uma logística de transporte e de infraestrutura adequada para atender os servidores que deverão ser transferidos no final do ano. Ao todo serão mais de 16 mil servidores e uma população flutuante de 10 mil pessoas passando diariamente pelo Centro Administrativo, localizado nas divisas dos municípios de Santa Luzia e Vespasiano.

Segundo o parlamentar, a localização fica fora de mão para a maioria dos servidores, que também enfrentarão problemas com a alimentação, saúde, creche, entre várias outras dificuldades.

“A necessidade de discussão sobre o assunto surgiu através dos inúmeros apelos dos servidores para que o tema fosse abordado, já que, em nenhum momento, o Governo Estadual se ateve às dificuldades que serão enfrentadas por seus funcionários para chegar ao novo local de trabalho. Situação ainda mais complicada é a dos estudantes que frequentam instituições de ensino na região central de Belo Horizonte ou na região metropolitana. Em muitos casos se tornará inviável manter os estudos”, comentou.

Para o deputado Padre João, os servidores públicos estaduais devem ser respeitados como cidadãos e valorizados pela importância de suas funções no Estado. O novo Centro Administrativo está sendo apontado como uma obra faraônica, considerada ainda a “Disneylândia” do atual governador. Os números assustam: as obras estão orçadas em R$1,2 bilhões, além dos cerca de R$ 100 milhões que serão gastos apenas com mobiliários. Enquanto isso, servidores amargam com a falta de reajustes salariais, salários base de R$ 340 para algumas categorias, demissões e paralisação de outros investimentos considerados prioritários para o Estado.

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