5 de agosto de 2010

Vale e os investimentos em fertilizantes

Além da mina de rocha fosfática de Bayóvar, no negócio de fertilizantes a Vale possui a mina Taquari-Vassouras, no Estado de Sergipe, a única mina de potássio em operação no Brasil. A produção de Taquari-Vassouras em 2009 foi de 717 mil toneladas métricas. Todas as vendas da mina são para o mercado brasileiro, representando entre 8% e 10% do consumo total de potássio no Brasil.

Em 27 de maio, os principais passos da aquisição dos ativos de fertilizantes no Brasil foram concluídos pelo montante de US$ 4,7 bilhões. A Vale adquiriu 58,6% da Fosfertil por US$ 3,0 bilhões, sendo 72,6% das ações ordinárias e 51,4% das ações preferenciais. O US$ 1,7 bilhão restante é referente à aquisição dos ativos de fosfato da Bunge no Brasil, que agora pertencem a Vale Fosfatados[1]. Os ativos adquiridos estão estrategicamente posicionados nas seguintes regiões:

Tapira (MG): Produção de rocha fosfática.
Uberaba (MG): Produção de fertilizantes fosfatados.
Patos de Minas (MG), Catalão (GO), Araxá (MG) e Cajati (SP): Produção de rocha fosfática e fertilizantes fosfatados.
Guará (SP): Produção de fertilizantes fosfatados.
Cubatão (SP): Produção de fertilizantes fosfatados e nitrogenados.
Santos (SP): Terminal marítimo para movimentação de amônia e granéis sólidos.
Araucária (PR): Produção de fertilizantes nitrogenados.
A Vale detém ainda um atrativo portfólio de projetos em desenvolvimento:

Projeto Rio Colorado

Localizado na província de Mendoza, Argentina, o Projeto Rio Colorado compreende o desenvolvimento de uma mina com capacidade nominal inicial de 2,4 milhões de toneladas métricas por ano de potássio (KCl).

A previsão de start-up é para o segundo semestre de 2013. O projeto está sujeito à aprovação do Conselho de Administração.

Projeto Neuquén

Localizado na margem oposta do Rio Colorado, na Província de Neuquén, na Argentina, o projeto está em fase de estudo de pré-viabilidade. A produção estimada é de 1 milhão de toneladas métricas por ano de potássio.

Projeto Regina

Projeto localizado na província de Saskatchewan, Canadá. O projeto Regina ainda está em estudo de pré-viabilidade, com potencial estimado de produção anual da ordem de 2,8 milhões de toneladas métricas de potássio. O start-up é esperado para 2015.

Projeto Carnalita

A Vale recebeu, em abril deste ano, a Licença Prévia (LP) do Projeto Carnalita, em Sergipe, que será a maior planta de extração de potássio do Brasil quando entrar em operação.

O projeto prevê a instalação de uma unidade industrial, com produção inicial estimada em 1,2 milhão de toneladas métricas anuais de potássio. O início da operação está previsto para 2014.

Projeto Evate

Projeto para produção de rocha fosfática a partir do depósito de Evate, em Moçambique. O projeto está em fase de estudo de pré-viabilidade. Capacidade estimada de 2 milhões de toneladas métricas por ano de fosfatados.

Projeto Salitre

Projeto greenfield adquirido da Fosfertil e localizado em Patrocínio, Estado de Minas Gerais. Consiste em uma mina com capacidade de produção estimada, inicialmente, em 2 milhões de toneladas métricas por ano de rocha fosfática, e um complexo industrial com capacidade estimada em 1,26 milhão de toneladas métricas por ano de fertilizantes fosfatados. O projeto está atualmente em fase de estudo de viabilidade técnica e econômica e o start-up será definido após aprovação do Conselho de Administração da Vale.

Expansão do Complexo Industrial de Uberaba

Localizado em Minas Gerais, é o maior projeto de fertilizantes da América Latina. A unidade está em expansão, com previsão de conclusão em 2011. O projeto prevê a ampliação das plantas de ácido fosfórico (aumento de 230 mil toneladas métricas/ano), de ácido sulfúrico (mais 481 mil toneladas métricas/ano) e de produtos fosfatados de alta concentração.

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